Acredito que cada ser humano por mais simplório e rudimentar que possa ser, tem para si alguma coisa o motiva a continuar respirando neste plano terrestre. Estas coisas podem ser sonhos, planos, desejos, vícios, objetivos, ideais... E por falar em ideais.. Esta palavra que soa tão nobre, tão altiva e sublime, pode representar, sem que percebamos, o destino do nosso fracasso.
As vezes acreditamos tanto em certos ideais, sonhos, planos, que nos paralizamos frente a eles. Tornamos tão imaculada a imagem do ideal que temos medo de que se modifique e que qualquer mudança nos planos nos faça um "traidor" deste princípio.
Mas o que nos faz ter tanta certeza que estes ideais são tão corretos que não se pode nem mesmo revisá-los, pois isto seria um pecado mortal.
Acontece que nossos planos nem sempre correspodem a realidade e a situação em que estamos envolvidos socialmente. E se não revermos estes conceitos mais românticos do que idealistas, talvez nos afoguemos em nossa própria ilusão, não construindo, não representando, não criando.
Parece que alguns políticos vivem sempre esta eterna batalha ética interna, se por um lado traem princípios acadêmicos, introspectivos e sólidos, deixam de desempenhar seus papéis como dirigentes soberanos. Já outros abandonam (ou simplesmente não têm) estes princípios e constroem, participam, roubam, promovem, administram, corrompem, enfim conceitos que soam bem e mal, mas enfim, não há princípios éticos e idealistas que os impedem moralmente de exercer a política a sua maneira..
Viveremos à amarga sombra dos nossos ideais que as vez nem sabemos de onde foram criados e para que fim os temos, mas seremos fiéis a eles, para o nosso bem ou mal.
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